Chuva e confusão

O jogo entre Inter e Caxias válido pela terceira rodada do campeonato gaúcho, que era pra ter acontecido no dia 27 de Janeiro, finalmente aconteceu.

 Um primeiro tempo onde a bola praticamente não rolou, devido a chuva que caiu em Caxias, praticamente não existiu futebol no primeiro tempo. Era praticamente impossível e inviável jogar naquele gramado. Quando fatores atrapalham para desenvolver o futebol, é necessário usar a inteligência e usufruir de outros recursos para se dar bem, e assim fez o Inter, com Gabriel fazendo tudo que se espera de um lateral, saiu o primeiro gol do Inter ainda no primeiro tempo. O lateral fez jogada na linha de fundo e cruzou pra área, pelo alto Damião cabeceou e abriu o placar, deixando o Inter em vantagem.

Começo de segundo, a chuva foi embora, mas ainda encontravam-se dificuldades no gramado, a bola não rolava bem, parava em poças e assim o contato físico entre os jogadores era inevitável, proporcionando entradas fortes dos dois times. Caxias dominava de certa forma o jogo, mas sem causar sustos ao Inter, então D’Alessandro aos 28 de jogo, dispara um chute forte de fora da área e amplia o placar.

Tudo se encaminhava pra um final de jogo tranquilo, mas ainda havia tempo para confusão, D’Alessandro sofreu uma falta na linha de fundo e Fred foi tirar satisfações com o jogador do Caxias, formando um tumulto, Alisson do Caxias acabou sendo expulso por soltar uma cusparada em Leandro Damião. A partir daí o Inter na medida do possível, devido às condições do gramado, seguiu tocando a bola e administrando o placar final de 2x0. Com a vitória o Inter garante vaga na próxima fase do Campeonato Gaúcho, seu próximo compromisso é domingo, contra o Cruzeiro às 16 horas no Complexo da Ulbra, em Canoas.

-Diego Rodrigues (@diiegorod)

NÃO ao futebol moderno!

Futebol é feito para ser vivido. Nós vivemos do futebol. Nós fazemos o futebol ser o que é hoje, sem nós ele não existiria. Sem cada torcida apoiando seu time, com faixas, músicas de apoio, com sinalizadores, com toda aquela emoção e vontade de torcer, um time não seria nada.
Ir para o estádio é sinônimo de festa, se for para assistir SENTADO um jogo de futebol que nos deixa ansiosos e aflitos, que fiquemos em casa, no nosso próprio sofá, vendo pela televisão.
O torcedor LATINO que somos gosta é de emoção, de ver raça, de ver torcedores apaixonados e enlouquecidos torcendo pelo seu time com todo aquele amor, com lágrimas nos olhos por ter ganhado uma Libertadores ou por ter perdido uma Copa do Brasil. O torcedor LATINO que somos gosta de sangue nos olhos, de ficar rouco cantando músicas que façam seu time se sentir motivado por ver toda aquela gente ali, torcendo DE PÉ, sem se cansar, porque aquilo ali é o que importa. Aquilo é o que nos faz feliz, aquilo é a coisa mais maravilhosa que se pode ver. Quem não se sente emocionado com toda uma torcida cantando para que seu time nunca desista do seu objetivo maior? Quem não se arrepia de ver aquele caldeirão gritando por um único motivo? 
Não tentem nos convencer que somos europeus e precisamos ser comportadinhos e elitizados porque vai ser em vão. Queremos, sim, um estádio bonito, com toda uma estrutura digna de Copa do Mundo, mas agora, querer que LATINOS se comporte como europeus é pedir demais, não acham?
Vivemos daquilo, somos apaixonados por aquilo que estamos pagando pra ver, vamos ao estádio pra sentir aquela loucura, aquela paixão. Aquilo nos domina e é daquele jeito doido de torcer que gostamos. Não é justo com quem faz o futebol ser o que é, que de uma hora pra outra mudem nosso modo de agir, de torcer.
NÃO AO FUTEBOL MODERNO!

-Rafaela Azzi (@rafaelaazzi)

Guerreiro da China

Vasco, Botafogo, São Paulo, Fluminense. Vários foram os times em que André Lima já atuou, mas foi aqui no Grêmio que jogou por mais tempo (2 anos e meio), e ficou conhecido como Guerreiro Imortal. Mas por que ganhou este apelido? André Lima chegou guerreiro, e o Grêmio é reconhecido como imortal, sendo assim ele agregou essa analogia. Tornou-se, portanto, o 'Guerreiro Imortal'. Um centroavante que nunca desiste, que briga pela bola, que atira-se para completar os cruzamentos e comemorar gols em frente à torcida. Muitos dizem (e devo admitir) que ele não é muito bom com a bola, mas só pelo fato de ter essa vontade de jogar já vale muito, já que isso é raridade hoje em dia no meio futebolístico. Muitos jogadores jogam pelo salário no fim do mês, André Lima não. Jogou a maior parte do seu contrato na reserva aqui no Sul,e mesmo assim, quando poderia ter ido embora para o Palmeiras em 2011 preferiu ficar, continuar tentando conquistar a titularidade. Infelizmente não conseguiu, porém foi reconhecido e amado pela torcida. Entrava nos jogos no segundo tempo e sempre fazia o gol decisivo. Os últimos gols do Grêmio no Olímpico foi dele (e de Marcelo Moreno -brasileirão 2012 Grêmio 2 X 1 São Paulo), e coincidentemente esses mesmos dois foram os que marcaram os gols da estreia da nova casa tricolor, fazendo assim, história no clube.
Dizem também que ele é marketeiro, pois é! Se for um marketeiro que honra o manto tricolor, que luta pra ver a bola na rede, que não pensa só no dinheiro, que ama a sua torcida, que tem a raça na veia; que assim seja! 

Agora a torcida gremista perde um Guerreiro, mas esperamos que tenha sucesso do outro lado do mundo, que consiga a tão almejada titularidade, que não perca nunca essa gana de jogar e querer marcar gol. Que honre cada manto que vestir, assim como fez aqui no Sul. Que tenha uma longa caminhada pela frente, independente da onde jogar,e não desista nunca. Esperamos que não perca essa essência que o fez ser adorado. Ou até mesmo odiado. Que um dia possamos encontrá-lo novamente, comemorando gols decisivos em frente a nação tricolor, segurando a bandeira do Rio Grande do Sul. E, claro, que nunca esqueça que "Deus é fiel".

Muita sorte nessa nova jornada. Saudações Tricolores!

-Rafaela Azzi (@rafaelaazzi)